sábado, 26 de novembro de 2011

SE PREPARE PARA O DEPOIS

VEJA SÃO OS AMIGOS

VEJA BEM AMIGOS





QUE LINDO !!!!

ERA SÓ O QUE FALTAVA....

O QUE É PEDAGOGIA ?

PEDAGOGIA

pedagogia


Definição

Pedagogia é uma ciência ou disciplina do ensino que começou a se desenvolver no século XIX. A pedagogia estuda diversos temas relacionados à educação, tanto no aspecto teórico quanto no prático.

A pedagogia tem como objetivo principal a melhoria no processo de aprendizagem dos indivíduos, através da reflexão, sistematização e produção de conhecimentos. Como ciência social, a pedagogia esta conectada com os aspectos da sociedade e também com as normas educacionais do país.

Temas abordados pela pedagogia:

- Aprendizado de conhecimentos
- Métodos e sistemas pedagógicos
- Dificuldades de aprendizado
- Didáticas e práticas pedagógicas
- Conteúdos educacionais
- O aluno no processo educativo
- O papel do professor no processo educacional

O pedagogo é o profissional formado para atuar na área pedagógica. Porém, todos aqueles que atuam no processo educativos (professores, pais, monitores, orientadores, psicólogos, etc) também devem conhecer os princípios básicos de pedagogia.

Links relacionados

Educação no Brasil - história, problemas, pedagogia
INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO - aplicações, idéias, uso da Internet
JEAN PIAGET - Biografia, Pedagogia, Educação, Construtivismo PAULO FREIRE - biografia, livros, pensamentos, pedagogia, vida e obras
CURSO DE PEDAGOGIA - temas abordados no curso, área de atuação







 

Somos ou não Somos Educadores?

Auxiliares de creche, NÃO ! ! ! ! Somos Professores ! ! !


Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez. 
ENTÃO COLEGAS ABRAM O OLHO E A MENTE TAMBÉM !

Escritores da Liberdade

O filme “Escritores da Liberdade” e a função do pensamento em Hannah Arendt


por Raymundo de Lima


... Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!... Martin Luther King – fragmento do memorável discurso "I Have a Dream", de 28/08/1963.
Todos somos atores de nossa vida, mas nem sempre podemos ter sua autoria. O pensar [e o escrever] favorece a autoria da existência. Dulce Critelli, 2006.


Há muitos filmes americanos sobre escola, mas não como "Escritores da Liberdade". (Freedom Writers, EUA, 2007). Porque é o único filme dessa categoria que incentiva os alunos a lerem literatura, ponto de partida para testar a vocação de cada um para escrever dede um diário sobre o cotidiano trágico de suas vidas até uma poesia hip hop ou um livro de ficção. O valor desse filme também está na ousadia da linguagem cinematográfica mostrando os problemas psico-sócio-culturais que atingem a escola contemporânea; também porque ele dá visibilidade à diversidade dos grupos, com seu rígido código de honra, cada um no seu território, o narcisismo da recusa e da intolerância para com “os outros”, o boicote às aulas, a prontidão para aumentar os índices de violência entre os jovens e transformar a escola no seu avesso, isto é, uma comunidade bem próxima da barbárie, o que de fato vai acontecer em 1992, em Los Angeles, EUA.

O filme é baseado na história real de Erin (interpretada por Hilary Swank[1]), uma professora novata interessada em lecionar Língua Inglesa e Literatura para uma turma de adolescentes resistentes ao ensino convencional; alguns estão ali cumprindo pena judicial, e todos são reféns das gangues avessas ao convívio pacífico com os diferentes.

Como em outros filmes sobre turmas problemáticas, a professora Erin toma sua tarefa como um grande desafio: educar e civilizar aquela turma esquizofrênizada e estigmatizada como “os sem-futuro” pelos demais professores. Percebe que seu trabalho deve ir para além da sala de aula, por exemplo, visitando o museu do holocausto, possibilitando aos jovens saber os efeitos traumáticos da ideologia da “grande gangue” nazista, que provocou a 2ª. Guerra Mundial e o holocausto, e também reconhecer as semelhanças com suas “pequenas gangues” da escola. Nota: a palavra “holocausto”[2], referida no filme, é usada mais pelos judeus. E, “genocídio”[3] é o termo cunhado pelo Direito Internacional do pós Guerra. Ambas significam o ato racional de eliminação de seres humanos em escala inimaginável (conferir nota de rodapé).

O método da jovem professora consistiu em entregar para cada aluno um caderno para que escrevessem, diariamente, sobre aspectos de suas próprias vidas, desde conflitos internos até problemas familiares e sociais. Também, instigou-os a ler livros como "O Diário de Anne Frank" com o propósito de despertar alguma identificação e empatia, ainda que os personagens vivam em épocas diferentes; a partir de eventuais encontros imaginários cada aluno poderia desenvolver uma atitude especial de tolerância para com o “outro”. Na vida real, os diários foram reunidos em um livro publicado nos Estados Unidos, em 1999, e terminaram inspirando o diretor Richard LaGravenese para fazer esse filme.

Formada em Direito, Erin se torna professora, desagradando seu pai e marido. No início, ela demonstra ingenuidade, timidez, curiosidade e determinação; sua vocação para o magistério vai se construindo conforme os desafios que ela encontra entre os alunos e ao lidar com a burocracia e o conservadorismo dos funcionários do sistema pedagógico da escola. Os judeus nova-iorquinos diriam que o diferencial de Erin é ela ter “chutzpah”: ousadia, garra, determinação, toma iniciativa, ir-à-luta. Os diversos obstáculos próprios de qualquer sistema escolar faz com que ela se sinta desafiada a fazer algo-mais.

Seu estilo não é teatral, tal como os professores protagonistas dos filmes “O triunfo”, “Sociedade dos poetas mortos”, “Escola da vida”. Também não é autoritária como “Meu mestre, minha vida”, e nem experimentalista como é o professor Ross, do filme “A onda”. Seu estilo pedagógico está para o ensaísmo apaixonado, romântico, humanista, mas sem perder de vista a racionalidade do propósito educativo. Primeiro, ela tenta “dar aula” segundo manda o modelo tradicional, que não funciona com alunos indiferentes ao propósito da escola eminentemente ensinante. Uma aluna questiona pra que serve aprender tal conteúdo abstrato considerado inútil para melhorar sua vida real; outro dirá que o fato de ela ser professora “branca” não é suficiente para ele respeitá-la. Cabe à professora ter argumentos consistentes que respondam essas questões imprescindíveis na escola contemporânea. No segundo momento, Erin faz o reconhecimento dos grupos de iguais (narcísicos), e, obviamente sente empatia com os excluídos. Terceiro, devolve aos alunos esse reconhecimento com um pensamento crítico, fazendo-os reconhecer, sentir e pensar sobre a realidade criada por eles próprios. Quarto, não os aceita na condição de vítimas reativas, e cobra-lhes responsabilidade por suas escolhas e seus atos de exclusão para com os diferentes. Ou seja, sua ação pedagógica é inovadora porque desperta a motivação dos alunos para expressar seus sentimentos, ler, pensar, escrever, e mudar a partir do reconhecimento como sujeito-de-sua-história.

Na concepção de Hannah Arendt, duas causas podem ter relação profunda com a crise da educação em nossa época: a incapacidade de a escola levar os alunos para pensar e a perda da autoridade dos pais e professores. Ambas fazem com que as crianças e adolescentes fiquem sujeitos à tirania de uma maioria qualquer (grupo social, tribos, gangs) e de um líder carismático ou populista. Portanto, o ato educativo de Erin é ao mesmo tempo político e ético, porque visa transformar alunos “não-pensantes”, “incivilizados”, “não-humanizados”, em seres humanos que podem exercitar o pensamento crítico sobre a realidade e seus atos; suas propostas de dinâmicas com os grupos leva-os a rememorar situações e rever suas posições na história de cada um, podendo até criar em cada aluno uma nova ética que melhor orienta seus gestos e palavras para evitar magoar o seu próximo. As dinâmicas e debates em sala de aula desmarcaram o recorrente discurso vitimista desses grupos, que tendem ao comodismo da sua desgraça, e ao mesmo tempo projeta no outro a responsabilidade pela sua própria irresponsabilidade ou fracasso como sujeito-cidadão no meio social. É preciso que cada qual se responsabilize e se comprometa “fazer sua parte”, ou como diz a velhinha que abrigou Anne Frank: “fazer a coisa certa” ou ética, como uma pessoa comum, anônima, e representante do que é ser civilizado.

Uma educação que não exercita o ato de pensar, com todos os seus riscos, além da própria ausência de pensamento, tem como efeito o não comprometimento, o não tomar decisões, ou não se responsabilizar por elas. “A tarefa fundamental do pensar é descongelar as definições que vão sendo produzidas, inclusive pelo conhecimento e pela compreensão e que vão sendo cristalizados na história. A tarefa do pensar é abrir o que os conceitos sintetizam, é permitir que aquilo que ficou preso nos limites da sua própria definição seja liberado. É livrar o sentido e o significado dos acontecimentos e das coisas da camisa-de-força dos conceitos” (CRITELLI, 2006, p. 80).

É preciso, portanto, criar dispositivos – como ler, escrever, falar elaborado – que “operem como obstáculo para que aqueles que não se decidiram a ser maus não cometam maldades” (CORREIA, A. 2006, p. 50). Conforme diz Arendt: “os maiores malfeitores são aqueles que não se lembram porque nunca pensaram na questão, e, sem lembrança, nada consegue detê-los [...]. O maior mal não é radical, mas possui raízes, e, por não ter raízes, não tem limitações, pode chegar a extremos impensáveis e dominar o mundo todo”, como foi a trágica experiência dos regimes totalitários, o nazi-fascismo e o stalinismo.

Para alguns, é insuficiente o(a) professor(a) apenas “fazer sua parte”, visto existir um mundo para além dos limites de sua sala de aula. Mas, a lição da professora do filme está em “fazer-bem-sua-parte” exatamente no ponto nevrálgico e temporal que é a educação: ser um ato civilizatório entre o passado e o futuro. Diz ela: “A tarefa da educação é justamente a de apresentar o mundo às gerações do presente, tentando fazê-las conscientes de que comparecem a um mundo que é o lar comum de múltiplas gerações humanas. Ao conscientizá-los do mundo a que vieram, estas deverão compreender a importância de sua relação e ligação com as outras gerações, passadas e vindouras. Tal relação se dará, primeiro, no sentido de preservar o tesouro das gerações passadas, isto é, no sentido de a geração do presente tomar o cuidado de trazer a esse mundo sua novidade sem que isso implique a alteração, até o irreconhecimento, do próprio mundo, da construção coletiva do passado(apud FRANCISCO, 2006, p.35).

Tal posicionamento pedagógico-político-ético da função docente deve ser marcado pela sua autoridade, sensibilidade, e senso de inovação, que ao ser testado na realidade cotidiana da escola costuma pagar um preço em forma de resistências, incompreensões e críticas maldosas. Assim posicionado nesse tripé é que o docente pode tanto se defender dos ataques de fora como resistir às frustrações advindas do seu próprio trabalho. Também, a partir desse estilo ela pode melhor se preparar para evitar cair no criticismo raso dirigido ao sistema, como forma única de luta; ou seja, a experiência tem demonstrado que muitos na escola e na universidade usam de verbosidade sem ação, não se comprometem de corpo e alma testando táticas inovadas de lutas (no sentido da esquerda política) visando melhorar a qualidade do ensino; outros ficam esperando que o governo ou dono de escola tomem iniciativas, ou autorizem (o)a professor(a) fazer algo inovador no seu trabalho docente no sentido de reverter o baixo rendimento dos alunos, por exemplo.

Que cada professor(a) faça diferença no seu ato de ensinar. O ensino regular visa levar os alunos aprenderem os conteúdos programados pelos currículos. Contudo, não se pode ensinar sem incluir também uma mudança educativa. Um ensino sem educação para o pensar é vazio de sentido prático e existencial. Uma educação sem aprendizagem dos conteúdos também é vazia e tende a degenerar em retórica moral e emocional. Ensinar e educar implicam em responsabilidades: pedagógica, política e moral, dentro e fora da escola; implica, ainda, na responsabilidade do coletivo[4] do professorado de civilizar a nova geração que irá povoar o mundo.

No dizer de Arendt (1989) “A educação é, também, onde decidimos se amamos nossas crianças o bastante para expulsá-las a seus próprios recursos, e tampouco arrancar de suas mãos a oportunidade de empreender alguma coisa nova e imprevista para nós, preparando-as em vez disso com antecedência para a tarefa de renovar um mundo comum”.

Nós, professores e professoras, devemos assistir ao filme “Escritores da Liberdade” por várias razões: para que possamos inovar o ato de ensinar adequado à realidade cultural dos alunos; para que, além de ensinar, também possamos adotar uma atitude de pesquisa-ação com os grupos que se formam em sala de aula e na escola, quase sempre atraídos pela semelhança formando grupos narcísicos, cujo sintoma visível é a intolerância para com os demais; para que aprendamos a acolher e contextualizar as situações de vida dos alunos com as de outras vidas relatadas pela história da humanidade – que, através de um diário ou redação qualquer eles aprendam a significar suas histórias com outras histórias; para que os professores do nosso Brasil se empenhem mais-e-mais em ler literatura, porque só podemos cobrar dos alunos esse hábito se nós também nos habituamos a ler, isto é, se ler e compreender[5] já fazem parte de nossa virtude pessoal. (aquele que lê e compreende tem maior probabilidade de escrever suas próprias narrativas); para que os professores façam autocrítica sobre o quantum de paixão (ou libido) têm pelo trabalho com os alunos não deve necessariamente implicar a sua desatenção (ou desapaixonamento) para com os seus próximos: marido, esposa, filhos, etc.

Bom filme pra todos!!!


Filme: Escritores da liberdade (Original: Freedom Writers) País: EUA/Alemanha - Gênero: drama. Classificação: 14 anos. Duração: 123 min. Ano: 2007. Direção: Richard LaGravenese . Produção: Danny DeVito, Michael Shamberg, Stacey Sher. Elenco: Hilary Swank, Patrick Dempsey, Scott Glenn, Imelda Staunton, April Lee Hernandez, Mario, Kristin Herrera, Jacklyn Ngan, Sergio Montalvo, Jason Finn, Deance Wyatt, Vanetta Smith, Gabriel Chavarria, Hunter Parrish, Antonio Garcia.

Sinopse: Hilary Swank é uma professora novata que tenta inspirar seus alunos problemáticos a aprender algo mais sobre tolerância, valorizar a si mesmos, investir em seus sonhos e dar continuidade a seus estudos além da escola básica. Também ela é ousada ao enfrentar os grupos formadores de gangs em sala de aula, levando-os a pensar sobre a formação e ideologia dos próprios.


Referências
ARENDT, H. As origens do totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 1989.
ARENDT, Hanna. A crise na educação. In: Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2001, p. 238-9.
CORREIA, Adriano. O pensamento pode evitar o mal? In: Rev. Educação: Hannah Arendt pensa a educação. São Paulo: Segmento, n.4, 2006, p.46-55.
CRITELLI, Dulce. O ofício de pensar. In: Rev. Educação: Hannah Arendt pensa a educação. São Paulo: Segmento, n.4, 2006, p.74-83.
FRANCISCO, Maria de Fátima S. Preservar e renovar o mundo. In: Rev. Educação: Hannah Arendt pensa a educação. São Paulo: Segmento, n.4, 2006, p. 26-35.
REBELLO DE SOUZA, Denise Trento. Formação continuada dos professores e fracasso escolar: problematizando o argumento da incompetência. In: rev. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.32, n3, p.477-492, set./dez.2006.

[1] A novata atriz Hilary Swank é merecedora de dois prêmios Oscar pelos filmes: “Menina de ouro” e “Meninos não choram”.
[2] Holocausto [gr. Holókauston], originalmente, significava o "sacrifício em que a vítima – um animal - era queimada inteira", tendo assim um sentido de imolação ou expiação. No período nazista, entre 1935 e 1945, os judeus se viram diante de um novo holocausto, sendo obrigados à perda da cidadania, a trabalhos forçados, a suportarem a brutal separação dos membros da família inclusive de crianças, a serem fuzilados em massa, a serem transportados pela força para os campos de concentração onde terminavam sendo exterminados coletivamente em câmaras de gás. Durante o holocausto, cerca de 6 milhões de judeus foram assassinados para cumprir o que os nazistas chamavam de ‘solução final’. Alguns analistas entendem que o emprego da palavra holocausto teve o intuito de significar mais que a palavra ‘genocídio’. C. Lash (1990), por exemplo, argumenta que “o massacre dos judeus tornou-se holocausto porque a palavra “genocídio”, numa época genocida havia perdido a capacidade de evocar os sentimentos apropriados aos fatos que procurava caracterizar. Ao buscar uma linguagem ainda mais extrema, os historiadores do holocausto contribuíram para a degradação do “genocídio” (...). Contra os poloneses e outros povos cativos da Europa oriental, Hitler praticou o que pode ser denominado de genocídio, de acordo com Y. Bauer (...). [isto é, a política nazista assassinou sistematicamente judeus, e, também, comunistas, homossexuais, ciganos, Testemunhas de Jeová, e todos as pessoas consideras pelos nazistas como ‘inferiores’. No entanto], “é preciso alertar que somente os judeus experimentaram um holocausto” (LASH, 91). Portanto, mais do que o genocídio, a palavra holocausto passou a ser empregada com o sentido de extermínio em massa racionalizado e insano dos judeus, coisa que era “impensável” até acontecer de fato como o maior acontecimento trágico do século 20.
[3] Ver nosso artigo disponível em: <www.espacoacademico.com.br> n. 45, em fevereiro/2005.
O ‘Genocídio’ [do latim genus = família, raça, tronco, do grego genos e caedere = matar, cortar] é uma palavra cunhada por Raphael Lemkin em 1944 para especificamente se referir à política do governo nazista de extermínio completo dos judeus, ciganos, comunistas e homossexuais. Até então a humanidade não tinha sofrido nada igual; nunca o crime foi imaginado, racionalmente planejado e executado pelo Estado, em proporções gigantescas. O crime de genocídio constituiu uma das acusações contra os líderes nazistas no Tribunal Militar Internacional de Nuremberg em 1944, e, posteriormente, passou a vigorar na ONU sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio (UNGC), que entrou em vigor em 1951, mas até hoje raras vezes foi aplicado. Lemkin imaginava que a palavra genocídio poderia evocar nas pessoas uma atitude de repulsa ao crime de massa e de luta pelos direitos humanos. A rigor, o genocídio é definido como “crime contra a humanidade, que consiste em cometer, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, qualquer dos seguintes atos: I) matar membros do grupo; II) causar-lhes lesão grave à integridade física ou mental; III) submeter o grupo a condições de existência capazes de destruí-lo fisicamente, no todo ou em parte...”. (Dic. Aurélio). Também é considerado genocídio, a interdição da reprodução biológica e social de membros de grupos étnicos, bem como também a prática de terror contra supostos inimigos reais ou potenciais. O Brasil regula e define o genocídio pela Lei no. 2. 889, de 1º. de outubro de 1956. A Lei no. 8.072, de 25-07-1990, o considera como “crime hediondo” e, como tal, insustentável de anistia, graça, indulto, fiança e liberdade provisória.
[4] Na verdade, esse “coletivo” tem duas faces: a cultura dos professores da escola e a estrutura técnico-burocrática que orienta o funcionamento da escola. Os programas de formação continuada dos professores, por exemplo, até agora não problematizam sobre a necessidade de mudar (reformar ou revolucionar) o modelo de ensino da escola e sua cultura específica. Para uma análise sobre os programas de formação continuada dos professores, ver: REBELLO DE SOUZA, Denise Trento. Formação continuada dos professores e fracasso escolar: problematizando o argumento da incompetência. In: rev. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.32, n3, p.477-492, set./dez.2006.
[5] Sobre a incompreensão na leitura, ler nosso artigo nessa revista www.espacoacademico.com.br (ver “arquivo do autor”).

A Rede Social

"A Rede Social" é muito mais que um filme sobre Facebook

Jesse Eisenberg interpreta Mark Zuckerberg, fundador do site de relacionamentos Facebook, em A Rede Social
Jesse Eisenberg interpreta Mark Zuckerberg, fundador do site de relacionamentos Facebook, em "A Rede Social"
Um nerd sem habilidades sociais, mas querendo se tornar descolado. Um par de gêmeos mauricinhos com dinheiro e ideias, mas não espertos o bastante para executá-las. Um brasileiro estudando em Havard com mau gosto para roupas e movido pelo eterno impulso de satisfazer o pai. Bem-vindo a era das relações de mentirinha de "A Rede Social", em que as emoções e expressões estão apenas a um toque de distancia.

SAIBA MAIS

Dirigido por David Fincher ("O Curioso Caso de Benjamim Button" e "Clube da Luta"), a partir de um roteiro de Aaron Sorkin ("Jogos de Poder" e a série de TV "The West Wing"), baseado no livro "Bilionários por Acaso", de Ben Mezrich, o filme tem como mote o nascimento do Facebook, mas seria reducionista demais dizer que trata apenas dos bastidores da criação de um site.
"A Rede Social" aspira, e consegue em boa parte do tempo, ser o retrato de uma geração que nasceu com o boom da Internet e, ao chegar à idade adulta, descobre que a interação humana não é necessária para haver interatividade.

TRAILER DO FILME "A REDE SOCIAL"

O filme começa com diálogos incessantes e pouco importa do que se depreende deles. O objetivo é entender que os jovens se interessam por informação - em grande quantidade, pouco importa sua qualidade ou profundidade. O mesmo se aplica aos relacionamentos, sejam amorosos ou simples amizades.
Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg, de "Zumbilândia") difama sua namorada Erica (Rooney Mara) na Internet depois de levar um fora dela. Não bastasse isso, inventa um site onde garotas "competem" por votos para serem escolhidas as mais bonitas de Harvard.
O que começa com uma brincadeira, se torna alvo de um processo milionário envolvendo a criação de um site de relacionamentos que mais tarde viria a ser - e é até hoje - conhecido como Facebook. Ele enfrenta os gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss (Armie Hammer) e o brasileiro Eduardo Saverin (Andrew Garfield), sempre com a mesma pose parte blasé, parte nerd.
Zuckerberg é uma figura paradoxal. Com pouco trato para laços sociais, se torna o criador do site de relacionamentos mais usado do mundo. Apesar de manter os nomes reais dos personagens, o filme de Fincher não se preocupa em ir, no que se refere à questão de biografia, além daquilo que já se conhece da repercussão da criação do site, dos processos e tudo o que os envolvem.
O diretor cria "A Rede Social" como um thriller sobre disputas intelectuais e relacionamentos reduzidos a códigos de computação. Logo de início, é Eduardo que ganha a simpatia do público como um personagem frágil e sempre preocupado em não decepcionar seu pai. Mark, ao contrário, é sutilmente arrogante, com olhar soturno parece não deixar de analisar nenhum ângulo de qualquer situação - o que parece transformá-lo numa figura fria e calculista.
Só com a entrada de Sean Parker (Justin Timberlake), Mark vai se convencer da possibilidade de ganhar dinheiro com o site. Sean, um dos criadores do Napster, que revolucionou a forma como as pessoas distribuem música, ganha a confiança de Mark com seu modo divertido e bon vivant, e eles se tornam parceiros.
Fincher sempre foi um diretor de apuro técnico o que, muitas vezes, esfria seus filmes ou deixa as emoções enterradas bem lá no fundo. Aqui essas características são bem pertinentes. Os jovens criadores do Facebook são herdeiros - ou porque não filhos? - daqueles yuppies depressivos de "Clube da Luta". Se distribuir socos era uma forma de interação social no filme de 1999, aqui, uma conexão com a Internet pode trazer efeitos mais perigosos do que uma noite de troca mútua de sopapos.
"A Rede Social" é um daqueles filmes que chegam a ser assustadores por serem capazes de captar com tanta sagacidade o momento em que vivemos. Daqui a alguns anos, quando outras obras se debruçarem novamente sobre esse período, provavelmente o retratarão com senso mais crítico - mas sem o frescor e a confusão de levar para a tela a vida do lado de fora do cinema naquele momento.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa , que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido, amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se nasce para a vida eterna…
Hoje dia dele!!

A vida tem muito mais opções…

Durante a visita a um hospital psiquiátrico, um dos visitantes perguntou ao diretor: – Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui?
Respondeu o diretor:
- Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo e um balde e pedimos que a esvazie. De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não.
- Entendi – disse o visitante
- uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher.
– Não
– respondeu o diretor
– uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo.
Então, o diretor pergunta:
O que o senhor prefere?
Quarto particular ou enfermaria?
A vida tem muito mais opções… E muitas vezes
são tão óbvias como o ralo, só falta enxergarmos.
Dedicado a todos que escolheram o balde.
Durante a visita a um hospital psiquiátrico, um dos visitantes perguntou ao diretor: – Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui?
Respondeu o diretor:
- Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo e um balde e pedimos que a esvazie. De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não.
- Entendi – disse o visitante
- uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher.
– Não
– respondeu o diretor
– uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo.
Então, o diretor pergunta:
O que o senhor prefere?
Quarto particular ou enfermaria?
A vida tem muito mais opções… E muitas vezes
são tão óbvias como o ralo, só falta enxergarmos.
Dedicado a todos que escolheram o balde.

Anjo e amigo

A diferença entre um Anjo e um Amigo… Anjos e Amigos… Todos temos um pouquinho de cada coisa… Um anjo nos toma pela mão e nos aproxima de Deus. Um amigo foi enviado por Deus para aproximar-mos Dele. Um anjo tem a obrigação de cuidar de nós… Um amigo cuida de nós por amor…
Um anjo te vê sorrir, e observa tuas alegrias. Um amigo, te faz sorrir, E faz parte das tuas alegrias. Um anjo sabe quando necessitas da ajuda de alguém. Um amigo, te ajuda sem saber que necessitas. Um anjo te ajuda, evitando problemas. Um amigo, te ajuda a resolvê-los.
Um anjo te vê sofrer, sem poder te abraçar. Um amigo te abraça, porque não quer te ver sofrer. Um anjo , na realidade, faz parte dos teus sonhos. Um amigo, compartilha e luta para que seus sonhos sejam uma realidade.
Um anjo sempre está contigo aí, não percebe a sua falta. Um amigo, quando não está contigo, não só sente a sua falta, mas também pensa em ti.Um anjo vela seus sonhos. Um amigo sonha contigo.
Um anjo aplaude teus triunfos. Um amigo te ajuda para que triunfes. Um anjo se preocupa quando você está mal. Um amigo se alegra quando você está bem.
Um anjo recebe uma oração tua. Um amigo faz uma oração por ti. Um anjo te ajuda a sobreviver. Um amigo vive por ti. Para um anjo, é uma missão que cumpri. Para um amigo, é uma obrigação te defender. Um anjo é algo celestial. Um amigo é uma oportunidade real de conhecê-lo melhor…
Na semelhança que há entre “o amor e a amizade “. Um anjo quer ser teu amigo. Um amigo, se propõe também a ser o teu anjo… E é alguém que te cuida nas noites mais turbulentas, para que possa compartilhar de todos os seus sonhos.
Um belo dia para todos os meus amigos!
……

Grandes Pensadores

’A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tão pouco a sociedade muda’’. Paulo Freire

’A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tão pouco a sociedade muda’’. Paulo Freire

“Ousarei expor aqui a mais importante, a maior, a mais útil regra de toda a educação? É não ganhar tempo, mas perdê-lo”. Jean Jacques Rousseau
"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe."Jean Piaget

Educação

‘’Educação é aquilo que fica
depois que você esquece o
que a escola ensinou”.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Riscos Jurídicos (Cristina Sleiman)

INTERNET COM EDUCAÇÃO – RISCOS JURÍDICOS
Cristina Sleiman
Advogada, pedagoga, mestre em sistemas eletrônicos. Especialista em Direito
Digital e sócia do escritório Patrícia Peck Pinheiro Advogados.
1. Cenário Atual:
A internet não é mais novidade, presenciamos um momento de transição, cuja
sociedade se torna cada vez mais conectada e as crianças e adolescentes integram uma
geração digital, onde o conhecimento tem valor significativo. Com o progresso é normal
que pais e educadores busquem novas formas de integração. O fato é que a tecnologia
mudou muita coisa em nossas vidas, mas será que estávamos preparados para isso?
Escutamos, por diversas vezes, chamadinhas de nossos pais como: “não fale com
estranhos”, “não pegue carona com estranhos” “não aceite bala de estranhos”, mas não
escutamos que “não devemos pegar carona em comunidades de estranhos” ou “não abrir
email de estranhos”... A verdade é que nossos exemplos devem ser atualizados de
acordo com o cenário atual, caso contrário, corremos o risco de não sermos ouvidos.
Falo como advogada, mas acima de tudo como pedagoga, que a situação é
preocupante quando o assunto é criança e internet ou mesmo adolescente e internet, pois
nem mesmo os adultos estão preparados
preparo dos pais e dos educadores para lidar com as questões que envolvem a internet,
pois, infelizmente, muitos ainda passam a impressão de que se trata de um espaço além
da vida, sem limites, sem regras e sem legislação. Mas, afirmo com veemência: somos
responsáveis por todo e qualquer ato, seja culposo ou doloso, ou melhor, tenha sido com
intenção ou não.
Tem sido cada vez mais freqüente os incidentes envolvendo crianças e
adolescentes e, conseqüentemente, a responsabilização dos pais ou responsáveis na
esfera civil, que chegam a ter que indenizar a outra parte, além da responsabilização do
adolescente pela Vara da Infância e da Juventude. Mas falaremos em tópico específico
sobre este assunto.
O fato é que se as escolas, educadores e pais dessa garotada, não assumirem o
papel de orientar, mas de forma continuada (afinal educação acontece durante toda a
vida), teremos no futuro sérios problemas. Temos sim que ser exemplos, não me refiro
aos educadores, neste sentido, mas a todas as pessoas, sejam de que profissão for. O pai
deve dar um bom exemplo para o filho e não achar bonito o filho publicar fotos na
internet, de coleguinhas da escola.
Portanto, às vezes me pergunto, onde está a ética das pessoas?Até onde me
lembro a ética traz em sua essência valores da sociedade inerentes à determinada época.
Assim, acontece com a privacidade, por exemplo, já que, na idade média, as pessoas
tinham outro conceito e dimensão de privacidade (aliás, hoje temos muito mais
privacidade do que naquela época).
É importante que conheçamos um pouco sobre responsabilidade legal e sobre os
riscos mais comuns e sua prevenção.
. Vejo acontecer com freqüência a falta de
2. Responsabilidade Legal
Em meu trabalho com alunos do ensino fundamental e médio, pude perceber que
a maioria, senão todos, acreditavam que não são responsabilizados por seus atos e muito
menos seus pais, quando o assunto é internet.
Mas não é bem assim, vejam o exemplo abaixo:
Alunos criam comunidade no Orkut para ofender e ameaçar professor;
19 pais são condenados a pagar R$ 19 mil por danos morais
O professor foi vítima dos próprios alunos numa comunidade do site de
relacionamento Orkut onde sua imagem é satirizada. Os alunos também chegam a
ameaçar furar os pneus do carro de J. e jogar açúcar no tanque de gasolina do veículo.
Sentindo-se ofendido, o professor ingressou em juízo com ação de indenização
de danos morais contra os responsáveis pelos adolescentes participantes da
comunidade. Na ação, J. sustenta que os filhos dos réus criaram uma comunidade no
“site” de relacionamentos “Orkut”, satirizando sua imagem. Aduz que a iniciativa dos
menores via “Internet” afronta sua imagem como professor perante os demais alunos e
colegas de trabalho, bem como perante a sociedade, causando-lhe constrangimentos de
ordem moral. Salienta que todos os filhos dos réus, com exceção de dois, responderam
medida sócio-educativa que reconheceu a conduta dos menores como análoga aos
crimes de difamação e injúria.
Entre as mensagens trocadas pelos alunos constam ameaças e zombarias ao
professor, além de ofensas por meio de palavrões.
....
“Os danos morais causados por divulgação, em comunidade virtual (Orkut) de
mensagens depreciativas, denegrindo a imagem de professor (identificado por nome),
mediante linguagem chula e de baixo calão, e com ameaças de depredação a seu
patrimônio, devem ser ressarcidos. Incumbe aos pais, por dever legal de vigilância, a
responsabilidade pelos ilícitos cometidos por filhos incapazes sob sua guarda”, diz a
ementa do julgado.
Fonte: Brasil contra a pedofilia
A notícia acima mostra que os pais foram condenados a pagar a indenização,
considerando-se que houve culpa em vigilando, ou seja, negligencia no dever de
vigilância. A legislação é clara: tanto o Código Civil como o Estatuto da Criança e do
Adolescente são explícitos na questão da responsabilidade
dever de “vigiar”, monitorar o que seus filhos fazem na internet
pela segurança de seus filhos e segundo para poder orientá-los para que não cometam
infrações.
. Portanto, os pais têm sim o: primeiro para zelar
2.1 Como funciona com a criança e com o adolescente?
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) considera como criança a pessoa
que tenha até 12 anos incompletos e adolescentes de 12 a 18 anos. Em princípio, todas
as condutas tipificadas no Código Penal como crime para os adultos, é considerado
como Ato Infracional para menores de 18 anos. Assim, a criança ao cometer um ato
infracional será encaminhada para o Conselho Tutelar, que deverá determinar uma das
medidas de proteção previstas no art. 101 do ECA que pode ser: advertência,
encaminhamento para tratamento psiquiátrico, psicológico, programas educacionais,
entre outros.
No caso do adolescente este será encaminhado para a Vara da Infância e da
Juventude onde, alem da aplicação de medidas de proteção, poderão ser aplicadas
também medidas sócio-educativas, que pode ser prestação de serviços a comunidades,
como auxílio em hospitais, palestra em escolas, etc.
Por aqui já foi possível entender que há responsabilidade. Já na esfera civil, os
julgados têm decidido, como vimos acima, pela responsabilização dos pais, ou
responsável.
Esta questão é muito importante que seja levada ao conhecimento dos jovens,
pelos professores em sala de aula. Temos que trabalhar a prevenção. Além da ética,
saber o que pode lhe acontecer (responsabilidades) sempre traz bons resultados.
2.2 E a responsabilidade dos pais como fica?
Pelo art. 22 do ECA, que complementa as obrigações elencadas no Código Civil,
aos pais incumbe o dever não apenas de sustento, mas também de guarda e educação de
seus filhos. Portanto, não apenas moralmente, mas também juridicamente, os pais têm o
dever de zelar pela segurança do filho e muitas vezes isso envolve disciplina e
monitoramento. Não há invasão de privacidade entre pai/mãe e filho, mas sim um
cuidado necessário. Isto não quer dizer que os pais tenham que ler linha por linha do
que seu filho escreve em uma mensagem, mas deve sim, procurar saber com quem ele
está conversando, ou que tipos de fotos ele está passando para seus amigos. Além disso,
os pais têm também o dever de orientar e cuidar da educação dos filhos e prepará-los
para a vida.
Nas palestras que faço para os pais, costumo perguntar 2 coisas:
1. Você sabe o que é o Orkut e o YouTube?
2. Você saberia me dizer neste momento se o seu filho está no
Youtube? (ou seja, se tem filme dele no youtube)
Menciono o YouTube porque tem sido comum a garotada de 10, 12 anos ( não
apenas os adolescentes), filmarem seus colegas e publicar no YouTube. Ou ainda,
meninas se deixarem filmar sem roupa ou ficar na frente da webcam e depois encontrar
suas fotos na internet.
2.3 Quanto à responsabilidade dos professores
A responsabilidade do professor vai além da sala de aula, deixando de lado a
questão do compromisso com seus alunos, que espero ser inerente a cada um no
momento de sua escolha profissional. Temos a questão de responsabilidade por nossos
atos, seja por ação ou omissão. Portanto, saber que alguma coisa está acontecendo e não
tomar providência nenhuma, pode ser perigoso.
Imagine um professor que sabe que um de seus alunos está sendo vítima de
Cyberbulling
, e permanece omisso. Se você, como professor não sabe o que é o
Cyberbulling
Cyberbullyig se caracteriza pela prática de atos de repressão, ameaça, humilhação entre
colegas. Não é uma atitude nova, mas a internet é um meio novo pelo qual se
potencializou os efeitos do Cyberbullyig, já que seu alcance é muito maior.
Outro cenário interessante: cuidado com o que escreve para seus alunos em
comunidades, blogs, e-mails, etc. Já presenciei casos de escolas em que o professor ao
deixar recado para seu aluno no Orkut, acabou expressando certo carinho e,
particularmente, eu não vi nada de mais. Mas os pais do garoto acharam que a
professora estava assediando o menino. Não é preciso nem entrar em detalhes não é
mesmo? Ele e outros alunos saíram da escola.
Os casos acontecem diariamente, mas a maioria dos problemas são resolvidos
internamente. Fique atento, pequenos detalhes podem fazer diferença, para o bem e para
o mal!
, aconselho-o a mudar de profissão. Em linhas muito gerais, o
3. Riscos mais comuns
Com base na prática do dia a dia em meu trabalho, com crianças e jovens, posso
dizer que os perigos mais comuns são:
- uso irrestrito e ilimitado (não tem hora, nem limite) da internet sem orientação
e monitoramento dos pais;
- Emprestar a senha para amiguinho (a) por prova de amizade;
- Tirar fotos e mandar para o namoradinho, que por sua vez espalha para os
colegas, ou publica na internet;
- Contar sua vida em comunidades como o Orkut, divulgando onde mora, com
quem, o que seus pais fazem, etc
Cito ainda, o desconhecimento do que é certo e errado e de que os pais podem
ser responsabilizados por seus atos e que o menor também responde passando por
medidas sócio-educativas. Digo isto porque temos dois cenários: um em que a criança
ou adolescente é vítima e outra em que por descuido, desconhecimento ou até mesmo
por brincadeira, acaba por cometer um ato infracional,como nos casos de comunidades
criadas para ameaçar, humilhar alguém, por exemplo.
- Como outros países estão tratando o problema?
Outros países estão tomando providências, como nesta matéria,
http://www.eschoolnews.com/news/top-news/index.cfm?i=55557
americano em 13 de outubro de 2008, que menciona uma lei em país estrangeiro, a qual
obriga as escolas, que recebem desconto nos serviços de telecomunicações e acesso à
internet, ensinar seus alunos sobre segurança online.
O Brasil já está atrasado e poucas escolas tomaram a iniciativa de incluir em seu
currículo o ensino de “Ética e Cidadania Digital”.
, publicada em site
3.1 Sobre Segurança na Internet
A segurança depende de um conjunto que abrange a tecnologia e também nossa
conduta. Mesmo assim, não existe segurança 100% pois a cada dia temos situações
novas. Uma das grandes preocupações da internet é a engenharia social. Entende-se por
engenharia social quando a pessoa tenta conquistar o outro usuário se passando por
alguém, que na verdade não é, ou mesmo se passando por uma marca. Desta forma, o
usuário confia e passa seus dados. No caso de pedofilia é comum adultos se passarem
por crianças, para conquistarem e se aproximarem de suas vítimas.
Portanto, não podemos depositar nossa confiança apenas em sistemas de
segurança, como os softwares de monitoramento. A segurança está na atenção dos pais,
dos educadores e de todas as pessoas, junto com as ferramentas de monitoramento, mas
principalmente na orientação passada tanto para a criança quanto para o adolescente.
3.2. O que a escola pode fazer ?
A escola tem um compromisso com a educação do país e a educação nunca será
completa se não abordar questões reais e atuais. Se o computador faz cada vez mais
parte do cotidiano das pessoas, seja na vida pessoal como profissional, a escola não
pode ser omissa. Deve não apenas ensinar a utilizar os recursos disponíveis, mas utilizar
de forma ética, segura e legal.
Portanto, a escola deve elaborar um código de conduta e uma cartilha de
conscientização e assim poderá obter um resultado em curto prazo. Mas é preciso ações
contínuas para que não caia no esquecimento, pois trabalhar cultura leva tempo. Neste
caso, para um resultado efetivo é preciso trabalhar conteúdos específicos, ou seja,
dentro de ética e cidadania deve-se acrescentar a questão digital, com conteúdo
específico e atividades online. Além disto, a escola deve pensar na prevenção da
responsabilidade legal, pois muitas vezes as fotos indevidas, por exemplo, são tiradas
dentro do estabelecimento de ensino, como nos casos de alunos que filmam professores,
para publicar no YouTube.
4. Ética e Cidadania Digital um dever de todos
O ensino de ética e cidadania digital é um dever de todos, a começar em casa e
ser complementado na escola. Cabe também aos tios, tias, primos, irmãos,mas cabe
também ao governo, criando programas de Cidadania Digital, capacitando os
educadores, que são os agentes para disseminar este conhecimento aos alunos. Não
podemos exigir o que não foi ensinado, mas se deixarmos como está, sem orientação, a
tendência é o aumento de incidentes que podem prejudicar os usuários a qualquer época
de sua vida, pois um conteúdo que é publicado na internet, nunca se saberá onde ele foi
parar.
5. Mensagem final:
O art. 17 do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente garante à criança e ao
adolescente o direito ao respeito e a inviolabilidade da integridade física, psíquica e
moral, bem como a preservação da imagem e valores.
O art. 18 do mesmo dispositivo explicita que é dever de todos zelar pela
dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento
desumano, violento, aterrorizante, vexatório e constrangedor.
Todos nós cidadãos temos o dever de orientar e zelar pela segurança desses
jovens e temos também um compromisso com a educação, seja formal ou informal.
Educar para o uso ético e legal, não é um luxo, mas uma obrigação para aqueles
que querem viver em harmonia e segurança. Os meios tecnológicos estão diante de
nós e com eles seus benefícios e riscos. Não podemos evitar que estes riscos
existam, mas podemos evitar que eles se concretizem.
Para saber mais sobre o assunto:
- Site Patrícia Peck Pinheiro Advogados - Cartilha gratuita: “ Boas
Práticas Legais no Uso da Tecnologia Dentro e Fora da Sala de Aula” e a
Cartilha: “ Gafes na Internet”:
www.pppadvogados.com.br
- Blog Cristina Sleiman:
http://edigital.zip.net/
- Navegue Protegido:
http://www.navegueprotegido.com.br/
- SaferNet Brasil:
www.safernet.org.br- Cert.br: www.cert.br

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

"O falso amor de si mesmo transforma a solidão em prisão" (Nietzsche)

O Amor

"O amor não consiste em olhar um para o outro, mas sim em olhar juntos para a mesma direcção.” Antoine de Saint-Exupéry